Pular para o conteúdo principal

Reforma da Previdência: como a nova proposta afeta a aposentadoria dos professores?

                                      
Proposta de emenda mais branda para os docentes foi aprovada pelos deputados, mas, mesmo assim, a categoria aumentará o tempo de contribuição e idade mínima.
A Câmara dos Deputados aprovou a proposta feita pelo PDT de diminuir a idade mínima para que professores de instituições federais e do setor privado consigam se enquadrar em uma das regras de transição da Previdência, mais brandas do que as gerais. Professores das redes municipais e estaduais já estão fora do texto da Reforma. Entenda todas as mudanças que afetam os docentes até agora.
O caminho foi longo. Uma das promessas de campanha do presidente Jair Bolsonaro, a proposta da Reforma da Previdência, elaborada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, foi entregue ao Congresso Nacional em fevereiro.
O texto passou pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara, que analisou sua constitucionalidade, ou seja, se não feria nenhuma garantia de direitos previstos na Constituição. Com relatório favorável, foi para Comissão Especial, onde foram apresentadas propostas de emendas feitas pelos deputados. Nesse momento, ficaram de fora os municípios e os estados. Então professores dessas redes não seguiram mais na Reforma. Outra proposta visava excluir todos os professores do texto, mas esse destaque não passou. 
O PDT entrou com emenda para diminuir a idade mínima para os docentes durante a transição e a emenda foi aprovada.
O texto com todos os ajustes feitos até agora, então, foi para votação no Plenário da Câmara na semana passada e foi aprovado em primeiro turno com ampla maioria, 379 votos a favor e 131 contra. Com isso, os professores de escolas particulares e de instituições federais seguem na Reforma e vão precisar cumprir idade mínima e tempo de contribuição para se aposentar.

Como fica?

Agora, as professoras precisam ter ao menos 52 anos, e os professores, 55 anos para se enquadrar na transição que prevê pedágio, ou seja, uma contribuição extra para aqueles que estarão próximos de se aposentar. Essa regra determina que os docentes (homens e mulheres) devem pagar 100% sobre o tempo de contribuição que falta para se aposentarem quando a reforma entrar em vigor. Se faltar três anos, por exemplo, o professor terá de trabalhar seis.
Antes da emenda, o texto determinava que apenas quem tem pelo menos 55 anos de idade (mulheres) e 58 anos (homens), poderia ter direito a essa regra de transição.

Como era?

Os professores de escolas particulares, hoje, não têm idade mínima para se aposentar, mas precisam contribuir por 25 anos, no caso das mulheres ou 30 anos, dos homens. Os do setor público federal têm idade mínima de 50 anos para as professoras e 55 anos para os professores, sendo dez de serviço público e cinco no cargo.

E para quem não entra na transição?

Os docentes que ainda estão longe de se aposentar seguirão regras mais rígidas, com idade mínima e tempo de contribuição maior. Esses professores se aposentam aos 60 anos e as professoras, aos 57 e com 25 anos de contribuição para todos. Professores federais também precisam ter dez anos de serviço público e cinco no cargo.
Outro destaque é que professoras que trabalham na rede federal e que ingressaram até 2003 terão direito à integralidade, ou seja, poderão receber o último salário da ativa ao atingir a idade mínima de 57 anos. 

O que falta?

Em agosto serão votados novos destaques à proposta da Reforma da Previdência, em segundo turno. Finalizada a votação na Câmara, o texto ainda precisa ser analisado pelo Senado. Assim, os professores podem aparecer novamente na discussão. Mas se a Casa aprovar o texto da Câmara sem mudanças, ele será promulgado e se tornará uma emenda à Constituição. 
Se apenas uma parte for aprovada pelo Senado, ela será promulgada, e o que foi mudado volta para a Câmara para ser apreciado novamente. O Senado pode, ainda, aprovar um texto diferente. Se isso acontecer, ele volta para a Câmara. Assim que promulgada a PEC da Reforma da Previdência, as mudanças passam a valer, inclusive para os professores.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O que é a sala de aula invertida?

Já imaginou se existisse uma aula em que os alunos já soubessem a matéria e pudessem compartilhar conhecimento com os colegas? Já pensou em como o processo de ensino e aprendizagem seria produtivo nessa turma? Pois bem, esse método existe e se chama sala de aula invertida ou  flipped classroom , em inglês, amplamente utilizado na Escola Municipal Gregório Pinto de Almeida. No modelo de sala de aula invertida, podem ser sinalizadas grandes mudanças em relação ao modelo  tradicional . Como o próprio nome indica, existe uma inversão no processo de ensino e aprendizagem que instiga o aluno a buscar e demonstrar conhecimento, destituindo o professor de seu papel de detentor do conhecimento na medida em que o leva a uma condição mais complexa de mediador e m sala de aula. O aluno, tradicionalmente acostumado a uma condição passiva, cujo papel era o de absorver as informações, ganha metas e responsabilidades no processo de construção de conhecimento. Trata-se, portanto, de um modelo de

Dia de Vitoria para os Boleiros do Grepial!!

  Hoje dia 15/09/2018 a equipe dos Boleiros Grepial enfrentou a equipe do Falcão (Futebol Club), jogos válidos pela  segunda rodada da Copa Unidos pela Garotada.    Na categoria sub 13 a equipe dos Boleiros conseguiu a vitória com gols de Vitor e Edilson; a defesa se posicionou muito bem e não levou gols, a equipe permaneceu muito bem taticamente e conseguiu os 3 pontos.     Já a equipe sub 15 dos Boleiros teve um jogo mais difícil e logo no início Luquinhas abriu o placar para os boleiros, o que deu mais confiança para a equipe que pode fazer o seu jogo de posse de bola e toques rápidos, a defesa e o meio campo conseguiram desenvolver um grande futebol e com empenho e garra da equipe conseguiram o triunfo por 1x0 garantindo os 3 pontos que são fundamentais para a classificação. O projeto  BOLEIROS GREPIAL,  é realizado Escola Municipal Gregório Pinto de Almeida, e conta com mais de 150 participantes somados todos os alunos em atividade. Vejam fotos e vídeos:        

Aulão movimenta o Grepial com Transmissão ao Vivo.

Aulão movimenta o Grepial Aconteceu nesta sexta-feira (24) Escola Gregório Pinto de Almeida um grande aulão, realizado pelo professor Israel Ferreira. O aulão foi uma oportunidade de integração de todas as turmas em que houve um grande compartilhamento de conhecimentos. Através de atividades lúdicas os alunos puderam ter aulas de matemática e informática, tendo assim uma interação e integração melhor com os conteúdos abordados. Dentre os conteúdos, os alunos  acesso aos principais conhecimentos da informática, como:  Compreender a parte física do computador (peças e placas); Ligar, desligar, entradas e saídas de conexões; Como utilizar a Área de Trabalho; Como navegar, pesquisar, baixar arquivos na Internet; Como utilizar os programas básicos do Windows etc . “ Ter conhecimento básico de informática é um requisito mínimo para a maior parte dos cargos disponíveis no mercado de trabalho, então pensamos em trabalhar com eles nessa proposta, é matemática que